Pesquisadores do Ibict e da Embrapa discutem as Especializações Inteligentes para a Área Metropolitana de Brasília

maio 3 • Notícias • 1017 Views • Comentários desativados em Pesquisadores do Ibict e da Embrapa discutem as Especializações Inteligentes para a Área Metropolitana de Brasília

No dia 26 de abril, o pesquisador Neantro Saavedra Rivano, coordenador da área de Especializações Inteligentes do Projeto Brasília 2060, apresentou um seminário no Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Cenargen/Embrapa) sobre Estratégias de Pesquisa e Inovação para Especialização Inteligente.

Durante a apresentação, o coordenador explicou as principais ações realizadas pelo Projeto Brasília 2060, com foco na área de Especializações Inteligentes. Além disso, também permearam as discussões do evento questões sobre mobilidade urbana, educação, saúde e expansão urbana e uso da terra.

As Estratégias de Pesquisa e Inovação para Especialização Inteligente (em inglês Research and Innovation Strategies for Smart Specialization – RIS3) é um poderoso método que vem sendo utilizado na União Europeia há mais de uma década para fortalecer as regiões e desenvolver setores inovadores específicos da atividade econômica. O método valoriza as vantagens competitivas e o potencial inovador específico da região, estimulando o investimento privado e o envolvimento de atores-chaves da sociedade, permitindo assim o direcionamento adequado das políticas públicas e dos investimentos públicos nas prioridades corretamente identificadas.

Ainda que amplamente utilizado na União Europeia, o método é bastante novo no Brasil. O Projeto Brasília 2060 incorporou o método de Especializações Inteligentes para auxiliar a tarefa de identificação de prioridades regionais em relação ao desenvolvimento de setores inovadores que possam servir de motores para o crescimento econômico da Área Metropolitana de Brasília (AMB).

Como explicou Neantro, pensar a área de especializações inteligentes para a AMB é fundamental para o desenvolvimento econômico da região. “No mundo moderno, a dinâmica econômica é alimentada pela concorrência entre regiões e países, de modo que o crescimento zero não é uma opção viável. Assim, a inovação é indispensável para a sobrevivência de uma empresa ou para manter o bem-estar de uma região ou país”, afirmou.

O coordenador destacou que as RIS3 têm cinco elementos centrais. Primeiramente, as RIS3 focalizam políticas públicas e investimentos em prioridades regionais e nacionais-chave. Em segundo, elas valorizam as vantagens competitivas e o potencial da região e, também, apoiam a inovação e se propõem estimular o investimento privado. É preciso considerar, além disso, que as RIS3 dependem do envolvimento total dos atores-chave (os stakeholders) e incentivam a experimentação e, por fim, se baseiam nos fatos e incluem sólidos sistemas de monitoramento e avaliação.

Há várias etapas no processo das RIS3, as quais têm sido realizadas no Projeto Brasília 2060. Tais etapas envolvem a análise do contexto regional e do potencial de inovação, a governança, a elaboração de uma visão global para o futuro da região, a identificação das prioridades, a definição de uma combinação coerente de políticas, as trajetórias e planos de ação, e a integração de mecanismos de monitoração e de avaliação.

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