Especialistas em audiovisual e design criam ideias inovadoras para a AMB durante o evento Descoberta Empreendedora
Um grande conjunto de ideias estratégicas e inovadoras nas áreas do audiovisual e do design da economia criativa na Área Metropolitana de Brasília (AMB) foi construído durante o evento Descoberta Empreendedora: Especialização Inteligente para a Economia Criativa em Brasília. O evento, que ocorreu nos dias 24 e 25 de julho, foi realizado pelo Projeto Brasília 2060, em parceria com o Instituto Alvorada do Brasil (IAB) e Sebrae/DF, e reuniu mais de cem especialistas renomados dos setores de design e audiovisual da economia criativa para uma ampla discussão sobre ações prioritárias nessas duas áreas da economia criativa em Brasília.
As ideias sugeridas pelos participantes do evento vêm para ajudar a pensar a solução de problemas e melhorar a realidade das áreas do audiovisual e do design, podendo proporcionar oportunidades para o crescimento da cidade, de maneira transversal e multidisciplinar. Ao longo dos dois dias, os especialistas construíram painéis de ideias para vários setores das duas áreas, tais como: animação mediada pelo uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs); inovação tecnológica em audiovisual; jogos eletrônicos; tecnologia em acessibilidade audiovisual; tecnologia e inovação na produção e pós-produção audiovisual; produção de conteúdo audiovisual para plataformas Web; e design de serviços, gráficos, joias e mobiliário.
Todas as ideias serão apresentadas em breve em formato de relatório a partir do trabalho da equipe de pesquisadores do Projeto Brasília 2060, que atuam alinhados às recomendações da Estratégia de Pesquisa e Inovação para Especialização Inteligente (RIS3).*
Cultura como política de Estado – Presente durante o evento, o secretário de cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, explicou que é preciso esforço de vários atores. Não apenas do governo, mas também da sociedade civil, da academia e comunidade empresarial para que a cultura se transforme em centralidade nas políticas públicas.
“A cultura tem esse papel de descortinar, de abrir novos horizontes, de abrir janelas para o mundo. Se conseguirmos implantar uma política continuada, de Estado e não de governo, que possa durante décadas impactar os territórios do DF, o setor cultural estará contribuindo definitivamente para a geração de emprego e a diminuição da evasão escolar e da sensação de insegurança na comunidade, além da geração de oportunidades de trabalho”, explicou o secretário.
A questão sobre a geração de emprego e renda é, como explicou o professor Paulo Egler, coordenador do Projeto Brasília 2060, uma das centralidades que movem o projeto. “É bastante claro que Brasília precisa gerar emprego e renda com urgência e a área de serviços não é mais capaz de oferecer esses postos de trabalho e prover condições de empregabilidade para a população”, explicou o professor.
Paulo Egler acrescentou que “uma das questões mais críticas para o planejamento é a disponibilidade de informações que permitam pensar o futuro de uma cidade como Brasília. Por isso mesmo, o Projeto Brasília 2060 vem desenvolvendo uma análise em cima do diagnóstico da situação atual da AMB em várias áreas – um processo de avaliação de sustentabilidade que começa dentro uma perspectiva de tentar resolver problemas mais atuais e mais presentes na configuração da cidade”.
A diretora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Cecília Leite, reforçou a importância do conhecimento do público envolvido durante o evento para a geração de informações centrais para a economia criativa na AMB. “O Projeto Brasília 2060 é de grande importância para o IBICT, que é um instituto de informação. E a informação está em tudo. Vivemos um momento muito especial da humanidade no qual tudo é muito rápido e intenso, mas, acima de tudo, é o ser humano e sua criatividade o que faz com que essas tecnologias possam ser bem ou mal utilizadas, possam ser efetivamente úteis ou não”, finalizou a diretora.
* ESTRATÉGIA DE PESQUISA E INOVAÇÃO PARA ESPECIALIZAÇÃO INTELIGENTE (RIS3) – A Estratégia de Pesquisa e Inovação para Especialização Inteligente (RIS3) constitui uma poderosa metodologia que vem sendo utilizada na União Europeia há mais de uma década para fortalecer as regiões e desenvolver setores inovadores específicos da atividade econômica. A metodologia valoriza as vantagens competitivas e o potencial inovador específico da região, estimulando o investimento privado e o envolvimento de atores-chaves da sociedade, permitindo assim o direcionamento adequado das políticas públicas e dos investimentos públicos nas prioridades corretamente identificadas.
Ainda que amplamente utilizada na União Europeia, a metodologia é bastante nova no Brasil. O Projeto Brasília 2060 incorporou a metodologia de Especialização Inteligente para auxiliar a tarefa de identificação de prioridades regionais em relação ao desenvolvimento de setores inovadores que possam servir de motores para o crescimento econômico da Área Metropolitana de Brasília.
Todas as fotos tiradas durante o evento estão disponíveis clicando aqui.
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