Especialistas discutem estratégias para o desenvolvimento das áreas de Tecnologia da Informação e Bioeconomia em Brasília
Pesquisadores, especialistas e profissionais dos setores produtivos de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e de Bioeconomia reuniram-se, nos dias 30 e 31 de agosto, em Brasília, para participar do Workshop para Estabelecimento das “Opções Estratégicas” em Especializações Inteligentes na Área Metropolitana de Brasília (AMB). Na ocasião, foram discutidas opções estratégicas para o desenvolvimento dessas áreas, articulando um projeto de sustentabilidade para a AMB. O evento, organizado pelo Projeto Brasília 2060, do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), buscou identificar soluções para os problemas enfrentados por esses setores.
“Nesse projeto já analisamos diversas perspectivas sobre setores chaves para o desenvolvimento de uma cidade, como Saúde, Educação, Segurança Pública e Mobilidade Urbana. Mas obviamente faltava uma questão que era: como se pensar o futuro no desenvolvimento desta cidade, sobretudo em termos de geração de renda, geração de emprego, especificamente em uma cidade como Brasília, que teve como perspectiva inicial ser apenas a capital federal e atender à população apenas com serviços da própria administração pública. Com o crescimento de Brasília e do seu entorno, é necessário discutir e apontar novas possibilidades de geração de renda nas cidades que estão ao redor da capital. Esse é um dos objetivos do workshop”, explicou o coordenador do Projeto Brasília 2060, Paulo Egler.
O presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), Wellington Almeida, afirmou que o perfil do projeto é de grande relevância para Brasília e para todo o país. “Iniciativas como essa passam por grandes dificuldades, infelizmente não temos tradição em pensar de maneira estratégica, planejar e mobilizar os atores para colocar projetos de longo prazo em andamento. Não é uma tarefa fácil e de qualquer maneira pressupõe um certo consenso no país, na nação, em como pensar as questões estratégicas. Aqui temos a chance de conseguir bons exemplos que possam contribuir para o fortalecimento desse tipo de pensamento estratégico, que é fundamental para o país”.
O evento contou com a presença do secretário adjunto da Secretaria de Estado do Trabalho do Distrito Federal, Thiago Jarjour, que observou a rapidez na transformação da tecnologia que nos cerca. “Se olharmos pra dez anos atrás, analisamos que a maior parte das coisas que fazem parte intrinsecamente do nosso cotidiano não existiam. E a humanidade viverá a maior revolução desde a sua existência nos próximos dez anos. Então os governos, os estados, as cidades que não discutirem o futuro e matrizes de desenvolvimento econômicas mais sustentáveis, correm o risco de sofrerem um caos social”, apontou Jarjour.
Segundo Neantro Saavedra Rivano, coordenador da área de Especializações Inteligentes, o workshop marca o início de um processo de descoberta empreendedora, que, aliado com a metodologia de especializações inteligentes, seja o instrumento para identificar setores dinâmicos. “Essa ação ajudará Brasília a alavancar, já que pretendemos identificar quais são as suas vocações que vão além da política”.
“Acreditamos que Brasília tem o potencial de diversificar suas áreas de atuação. A cidade pode receber grandes empresas, com responsabilidade social e ambiental, com alto valor agregado, já o que o Distrito Federal possui o maior número de mestres e doutores no país. Acredito que soluções inovadoras ou de políticas públicas proporcionarão o avanço e o desenvolvimento de Brasília”, salientou Ana Carolina Bussacos, integrante da equipe de Especializações Inteligentes.
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
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