Pesquisadores do Projeto Brasília 2060 participam do seminário “A Transformação pela Bioeconomia”
Bioeconomia é uma economia sustentável, que reúne os setores da economia que utilizam recursos biológicos. O mercado destina-se a oferecer soluções para os desafios sociais, como as mudanças climáticas, substituição de recursos fósseis, segurança alimentar, saúde da população, entre outros.
Pensando na transversalidade do tema e sua importância para o meio ambiente, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Distrito Federal realizou no dia 23 de março, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o seminário “A Transformação pela Bioeconomia”, no auditório do Sebrae Nacional.
A iniciativa reuniu multiplicadores do campo, empreendedores, universidades e cooperativas para explorar o assunto ainda desconhecido da maior parte da população. Entre os presentes no evento estiveram os pesquisadores Ana Carolina Bussacos Maranhão e Neantro Saavedra Rivano, da área de Especializações Inteligentes do Projeto Brasília 2060, realizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).
A área de bioeconomia vem recebendo destaque no campo das Especializações Inteligentes no projeto Brasília 2060. Em breve, serão disponibilizados no site do Projeto os documentos produzidos pelos pesquisadores da temática, com análises especiais sobre bioeconomia, economia criativa e Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).
Como explica a pesquisadora Ana Carolina Bussacos, entre as apresentações realizadas, houve um importante debate sobre o maracujá BRS Pérola do Cerrado, resultante de uma pesquisa realizada pela Embrapa. O maracujá do Cerrado foi introduzido a partir de um processo de conscientização junto aos agricultores do Distrito Federal, em 2013, e, desde então, tem trazido mudanças no cultivo e comercialização do fruto.
A bioeconomia e a sociedade – O secretário de Meio Ambiente do DF, Igor Tokarski, disse que a bioeconomia é um incentivo no avanço em temas que remetem diretamente à qualidade de vida da população. “Temos um enorme potencial que precisa ser ainda mais explorado, que é o futuro da nossa sociedade, do empreendedorismo no Brasil. Nós precisamos inovar a partir da bioeconomia”, avalia.
Ainda segundo o secretário, o progresso e o desenvolvimento do tema não ocorrerão sem o envolvimento e a articulação de vários órgãos, da sociedade civil organizada e da iniciativa privada.
O coordenador do Macrossegmento de Bioeconomia do Sebrae Nacional, Victor Ferreira, explicou que a bioeconomia tem um grande viés de acessar mercados diferenciados. “São iniciativas sustentáveis, trata-se de um novo modelo econômico que traz muitas oportunidades”, acredita.
A diretora Regional da TechMall, Mariana Nogueira, apresentou aos participantes cases coorporativos com startups, um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios. Trabalhando com diversos segmentos voltados à bioeconomia, Mariana diz que a empresa está sempre em busca de novas tecnologias.
A representante da Agência Nacional de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Cleila Guimarães, apresentou aos participantes um histórico do surgimento da bioeconomia no país. Segundo a gestora, a temática ganhou mais abertura no Brasil por meio do Marco Regulatório da Ciência e Tecnologia. Ainda assim, Cleila avalia faltar perenidade nos investimentos governamentais para a área. “O governo deve ser facilitador do desenvolvimento das tecnologias no Brasil”, acredita.
A representante da ABDI ressaltou a importância da realização do seminário, já que existe um distanciamento entre as universidades e as indústrias. Após a abertura, foram apresentados cases de soluções tecnológicas e a bioeconomia.
Texto: Comunicação do Projeto Brasília 2060, com informações da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Distrito Federal
Foto: Ana Carolina Bussacos Maranhão
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