Novas propostas de educação e CT&I são discutidas em eventos do Projeto Brasília 2060
Brasília foi sede da Oficina “Recriando a Educação” e do workshop “Gestão Estratégica da Ciência, Tecnologia e Inovação no Distrito Federal”, realizados em Brasília pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), em outubro. Durante os eventos houve a apresentação oficial do projeto Brasília 2060, criado pelo Ibict com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico, ambiental e social do país. O projeto está dividido em seis áreas temáticas: educação, saúde, segurança pública, ciência, tecnologia e inovação, mobilidade urbana e cultura, esporte e lazer.
Recriando a educação: Novas propostas para Brasília
A oficina “Recriando a Educação”, que reuniu professores de escolas públicas do DF e especialistas, discutiu propostas para a melhoria da qualidade da educação no Distrito Federal. O evento contou com a participação dos professores José Pacheco e Pedro Demo, e de Paulo Egler, coordenador do projeto Brasília 2060, que propuseram diálogos colaborativos sobre educação de boa qualidade.
Os professores reforçaram, ao longo do evento, a importância de tecer uma nova educação no país, descobrindo novas oportunidades de ação conjunta. Os participantes da oficina tiveram, ainda, a oportunidade de partilhar ideias, conhecer práticas de várias escolas e revisitar os projetos político-pedagógicos de cada instituição.
Ciência, Tecnologia e Inovação no centro das discussões
No âmbito do workshop “Gestão Estratégica da Ciência, Tecnologia e Inovação no Distrito Federal”, um dos principais entraves apontados pelos coordenadores do programa foi a dificuldade em levantar informações detalhadas do governo em várias áreas, incluindo a linha de base para o desenvolvimento de atividades relacionadas à ciência, tecnologia e inovação em Brasília e região do Entorno.
“Não existe ainda uma cultura da informação. Na área de C&T, onde há pesquisadores e cientistas, a informação precisa estar muito presente. Mas parece que pensar politicamente ciência e tecnologia não está interessando a ninguém. Pensar futuro sem conhecer o presente fica complicado”, afirmou Paulo Egler.
O programa é baseado no desenvolvimento de um sistema de informações que precisa coletar do Governo do Distrito Federal (GDF) os dados necessários para planejar melhorias em longo prazo, em seis áreas: Educação; Saúde; Segurança Pública; Ciência, Tecnologia e Inovação; Mobilidade Urbana; e Cultura, Esporte e Lazer. Desde janeiro deste ano, o levantamento dessas informações é realizada.
“O que mais impressiona é a falta de informações sistematizadas. Estamos muito distantes de algo minimamente razoável, que possa servir como base para o programa. A primeira sugestão a se fazer ao GDF é que organize suas informações, porque não podemos sequer compor um quadro no sentido de pensar em longo prazo”, apontou o coordenador de C&T do Projeto Brasília 2060, Geraldo Nunes.
Devido às dificuldades encontradas pelos coordenadores, a previsão inicial para entrega do projeto foi estendida. Agora, a expectativa é que possa ser concluída até junho de 2015. “É importante reunir informações que componham minimamente o que está acontecendo em um determinado setor. Mas a falta de dados está se repetindo em vários setores, como Saúde, Educação e Segurança Pública. Há uma total desintegração”, disse Egler.
Fonte: Ibict, com informações da Agência Gestão CT&I.
Fotos: Ricardo de Sagebin
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